CECOM

Idealizado pela jornalista Flávia Passos, o Cecom foi criado com o único propósito de agregar aos profissionais de comunicação social ferramentas para que possam atingir de maneira mais rápida e eficiente o objetivo de ingressar no funcionalismo público.

"Profissionais de comunicação não estão acostumados à rotina de estudos de um concurseiro. Para eles, começar costuma ser a parte mais difícil, pois apesar de vivenciarem a prática, a teoria fica de lado. Na hora de retomar essa teoria, normalmente eles não sabem nem por qual caminho começar".

Além disso, contamos com amplo material de estudos em nosso blog, para que profissionais de todo Brasil possam compartilhar de nosso grupo de estudos, inclusive contribuindo com artigos e teses.




segunda-feira, 17 de agosto de 2009

PROVA DISCURSIVA FINEP

Uma questão que deu o que falar esta semana foi a prova discursiva da Finep. Tratava-se de um texto a respeito das estratégias utilizadas pela UnB para a prevenção da gripe suína (influenza A). Logo abaixo uma nota de Luis Martins Silva abordava a importância dos valores notícia para o público. Em seguida, a banca pedia a redação de um "texto de natureza jornalística" acerca do tratamento que deve ser dado a um fato impactante como tal, pedia ainda a primazia que compete ao interesse público, em se tratando de jornalismo institucional e lembrava que um produto jornalístico institucional não emcampa informações extra-oficiais, notadamente, quando dispõe de informações de fontes autorizadas.

A dúvida que não quer calar é: a banca queria um artigo a respeito de como as instituições públicas devem agir num momento de crise(no caso da pandemia)ou um texto informativo (um release, no caso de uma instituição pública) abordando o tratamento que a Unb deveria dar ao assunto perante a grande mídia?

Independentemente da intenção da organizadora,acredito que as duas opções serão consideradas, desde que:

na primeira hipótese tratava-se de um artigo, ou seja, texto argumentativo, aonde se
defende uma tese, um ponto de vista. Neste caso deveria se abordar o gerenciamento de crise de uma maneira geral(sem esquecer que se tratava de uma questão de saúde pública), com as tradicionais caracteristicas de transparência, relacionamento ativo e não passivo com os jornalistas etc.

Na segunda hipótese, um texto informativo mesmo, ressaltando as principais medidas que a Unb está tomando em razão da volta às aulas e com a situação atípica da nova grípe. Não se trata apenas de reescrevar o texto, e sim redigir um release com título,subtitulo(opcional) lead e sub lead. Sem esquecer dos valores notícia que diferenciam o "direito de saber" da "necessidade de saber".

bem, pelo menos esta é a minha posição. Em breve postarei a opinião de jornalistas e acadêmicos sobre a questão. Entretanto, o posicionamento oficial só teremos em setembro, quando sair o resultado oficial.

10 comentários:

  1. eu fiz exatamente a segunda opção. acho que era a mais correta!

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  2. eu fiz um artigo, mas não foi em primeira pessoa, será que tem problema? e não abordei exatamente o gerenciamento de crise como um todo...

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  3. Não concordo com a sua interpretação da primeira opção. O que a questão pedia é que se elaborasse uma redação sobre como um assunto como esse deveria ser escrito por uma instituição pública, levando em conta os valores notícia, sem sensacionalismo etc. Escrever sobre como escrever, isso era o que a questão pedia, por mais cretino que isso possa parecer. Foi mesmo para pegar a turma exausta e mais desatenta naquela altura do campeonato.

    Eu mesma cai nessa. Exausta que estava ao fim de quase quatro horas de prova, li a questão sem a devida atenção e fiz que nem a torcida do Flamengo: escrevi uma nota bem objetiva sobre as medidas de prevenção que a UnB estava adotando no início do semestre letivo. Infelizmente, acho que quem fez isso, como eu, vai levar um zero na discursiva, por fugir ao tema. Tomara que eu esteja errada!

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  4. não acredito que o critério de avaliação seja desta forma, afinal como vc mesmo observou é uma questão de interpretação. Uma coisa é fazer uma dissertação sobre o tema, mas se estamos falando de texto jornalistico, alguma coisa eles terão que considerar. E particularmente, ainda considero a segunda opção a mais correta.

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  5. Trasncrevo aqui a questão da discursiva para melhor avaliação de todos:

    Considere a nota jornalística acima e a citação acadêmica seguinte e redija um texto de natureza jornalística ACERCA DO TRATAMENTO QUE DEVE SER DADO A UM FATO IMPORTANTE COMO O REAL RISCO DE CONTÁGIO POR VÍRUS EM LOCAIS E MOMENTOS DELICADOS (grifo meu), levando em conta que os valores que orientam a notícia, desde o prisma institucional, atendem prioritariamente o interesse público, e não ao interesse do público e que, para tanto, o caráter de serviço de informação deve prevalescer sobre aspectos sensacionais e extraoficiais. Na sua redação, considere os seguintes aspectos:
    - critérios de um jornalismo praticado por quem está a serviço de uma organização pública
    - primazia que compete ao interesse público, em se tratando de jornalismo institucional;
    - um produto jornalístico institucional não encampa informações extraoficiais, notadamente, quando dispõe de informações de fontes autorizadas.
    (eta questãozinha capciosa essa...)

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  6. Para o alivio de alguns, a professora Fabiana Botelho afirma: "Se a banca pediu um texto de natureza jornalistica, eles terão que aceitar as duas opções, já que em ambos os casos se trata de um texto de natureza jornalistíca." Até mesmo uma dissertação, se for em primeira pessoa, pode passar por um artigo.Para Fabiana dificilmente eles irão zerar uma redação já que não especificaram de qual tipo de texto se tratava.

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  7. Tomara que você esteja certa...

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  8. Eu não entendo o que tem a Unb com a redação proposta, a não ser que fosse citada como exemplo. Redijir um texto sobre o tratamento que deve ser dado a um tipo de fato geralmente noticiado. O texto deve ter natureza jornalística, ou seja, não é um texto técnico, nem é uma dissertação - mas um texto de leitura fácil, preferencialmente estabelecido sobre uma pirâmide invertida, etc... Como assim um release? Um release informa a mídia sobre algum fato relativo ao assessorado. Não há que falar em release sem que haja um assessorado e um fato relacionado a ele para divulgar. Eu não entendi foi essa confusão toda, entre jornalistas, pra compreender um enunciado tão simples.

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  9. Eu não acho o enunciado simples. Escrever um texto de natureza jornalística ACERCA DO TRATAMENTO que deve ser dado a um fato importante... " O seja, não pede que se reescreva a nota, muito menos um release. O Que o título demanda é algo como artigo (texto de natureza jornalística), explicando como o jornalista deveria reescrever a notíca, explicitando quais são os valores notícia, o que deve ser destacado e cortado e por quê etc. Ou seja, um txt sobre como escrever um determinado texto, em determinadas condições. A maioria reescreveu o texto, e deve ter rodado. Acho a questão válida, mas achei o enunciado complexo e capcioso. Bem ao estilo das provas de concurso.

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  10. como asssim o que tem a ver a UNB com a redação proposta??? vc acha que aquele texto todo explicativo da preparação da UNB para receber os alunos era a toa???
    E desde quando um texto de leitura fácil, preferencialmente estabelecido sobre uma pirâmide invertida não pode ser um release???

    bom... agora não adianta mais discutir. O resultado saiu e prevaleceram as duas opções, como era de se esperar.

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